segunda-feira, novembro 16

Nem sei o que dizer...

Ultimamente tenho sido pega com uma frase que está assustando muitas pessoas que conheço... "Eu queria ter a sua coragem"...

Pera lá... Eu??? Querendo ter a coragem dos outros??? Logo eu, que sempre fui determinada, desbocada, sem medo pra abrir o verbo pra quem quer que fosse??? O que está acontecendo comigo que está fazendo com que essa coragem que eu tanto me orgulhei em ter vazou do planeta??? DO MEU PLANETA!!

Sabe o que é ter um discurso todo preparado, respirar mil vezes, pensar, pensar e pensar... e, na hora H... na dita hora que é pra tudo isso ser exteriorizado, as palavras desaparecem??? Isso não era costumeiro na minha vida... me lembro que foi eu quem terminou com meu primeiro namorado... que sempre deu o primeiro passo pra que todas as dúvidas fossem esclarecidas... que sempre disse que, pro bom ou pro ruim, falar sempre era a melhor solução pra tudo...

De repente, tudo mudou... uma alfição se apossou da minha coragem, transformando-a em um medo sem precedentes na minha vida... e eu não entendo o porque de todo esse medo, de toda essa angústia...

Passei por coisas durante minha existência que me fortificaram, me mostraram que, mais dia ou menos dia, tudo se resolve... que a sinceridade é o melhor caminho para a paz... e a honestidade com nós mesmos é algo imensurável... porém, nesse exato momento, grito por dentro... grito à plenos pulmões... mas ninguém consegue me escutar... porque, do lado de fora, estou sorrindo, com cara de que está "tudo bem"... e nem nos olhos eu consigo deixar transparecer essa minha vontade de gritar, de dizer o bom, o ruim, o amor, o ódio, a alegria, o ciúme, a certeza e a incerteza... de gritar... simplesmente isso...

E sinto que, se eu não o fizer em determinado momento, chegarei à exaustão da luta em silêncio... e perderei aquilo que eu poderia ter de melhor... por não conseguir expressar o que tenho guardado em mim... de ter medo de tentar ser feliz.

Bjo pra quem fica!!

"V"



Música escutada durante a postagem...

Angel, com Sarah McLachlan

sábado, novembro 7

Lembranças de um primeiro amor...

Dizem que toda a nossa vida amorosa é definida após termos um primeiro amor... bom, se é verdade ou não, eu não sei... mas, de uma coisa eu tenho certeza... até hoje tento encontrar alguém que faça por mim tudo o que o meu primeiro amor me fez...

Não tô falando de sexo, nem coisa do tipo... até porque nossa relação não tinha essas bases como forma de manutenção... tô falando de alguns detalhes que me marcaram profundamente... besteirinhas que, na época, eu não dei o menor valor, mas hoje eu vejo o quanto eu perdi e deixei de agradecer por toda aquela atenção que ele me dedicava...

É também interessante eu usar o termo "primeiro amor"... como se eu tivesse tido o "segundo amor" ou o "terceiro amor"... é muito raro nessa vida encontrarmos alguém que nos dedique tempo, que nos coloque como centro de suas vidas... e não falo isso como forma de achar que a pessoa tem que ser 100% sua... não... pelo contrário... é acharmos alguém que, mesmo vivendo a sua vida, tenha tempo pra sorrir com um comentário que o outro faça, que se surpreenda com uma roupa que o outro use, que olha pro outro e diz "sou feliz com você"... eu tive isso e digo... quem estiver passando por isso, agora, não deixe aquele que tanto lhe faz escapar... oportunidades assim a gente não encontra todo dia... e só nos damos conta de que as tivemos depois que surgem os outros relacionamentos...

As pessoas costumam fazer de tudo pra conquistar... lutam, lutam, lutam... até a morte... ou, neste caso, até conseguir conquistar a pessoa na qual está interessada... porém, o costume também está em, assim que a conquista é feita, o interesse se perde no meio de ganâncias... a necessidade de ter outros (outras) é maior... a vontade de ser livre... de fugir do compromisso... como se ficar comprometido com alguém fosse algo tão anormal, tão cruel que a gente tivesse que fugir de qualquer jeito... e as vezes nós terminamos fugindo gostando da pessoa que nos dá essa vontade de fuga...

Não nego... com o meu "primeiro amor" também me senti assim... eu era muito nova... nunca tinha namorado na vida... via tudo o que ele fazia por mim como algo de outro mundo... exagerado... me sentia presa, sufocada... querendo conhecer novas pessoas, novos mundos... entretanto, o que eu não percebia na época (e só fui perceber uns bons anos depois) é que não é a quantidade que nos leva aos melhores momentos... não é ter um caderninho cheio de nomes de pessoas que a gente já "pegou" ou não... os melhores momentos são aqueles que a gente fecha os olhos e sente que uma única pessoa lhe faz sentir como se, ao estar com a gente, está completa... e feliz.

Infelizmente, para alguns, isso não basta.

Bjo pra quem fica!!!

"V"



Música escutada durante a postagem:


Tua Boca - Belo

terça-feira, novembro 3

Devaneio...

Queria eu poder dizer tudo o que realmente sinto... sem medo de nada, nem de ninguém...

Dizer "eu te amo" olhando nos olhos... dizer "sou feliz" sem medo de ter um amanhã sem resposta...

Por que que as pessoas tem tanto medo de escutar o quanto são valorizadas pelas outras??? Será que notícias ruins são as únicas que podem ser ditas??? Será que não podemos perder esse medo bobo de exteriorizar as coisas e dizer, na cara e na coragem, tudinho mesmo???

As vezes, eu sinto uma vontade imensa de gritar... gritar mesmo... daqueles tipos de gritos tão alto que vai me levar à mudez... só pra que as pessoas saibam o quanto de sentimento há dentro de mim...

Nunca fui de gostar pela metade... jamais vou fazer algo do tipo... quem me conhece sabe o quão intensa eu sou quando gosto de alguém... mesmo que aquela pessoa não sinta a mesma coisa na mesma intensidade... e daí??? O gostar é MEU... só meu... e de mais ninguém... passo o gostar adiante... mas, mesmo a pessoa para quem eu passarei o gostar não irá sentir a magnitude real daquilo que está dentro de mim...

E, é por essa intensidade que dá vontade de gritar... porque ainda duvidam... E MUITO... acham que eu digo as coisas na brincadeira... mas, se as pessoas soubessem o tamanho da verdade que há no meu coração, ninguém nunca trataria o meu gostar como um mero gostar, como um gostar de brincadeira, fútil...

É isso... não sei bem se é um devaneio ou se é um desabafo... mas, falei!

Bjo pra quem fica!!

"V"



Música escutada durante a postagem:

Seperate Lives - Phil Collins